Não é raro nos pegarmos reclamando de como o tempo passa rápido, de como é difícil ter amigos verdadeiros no mundo de hoje ou do quanto está perigoso viver... Mas será que estamos tentando de verdade? Ou preferimos a inércia do nosso conforto? Achamos que o mundo está perigoso e violento, mas na verdade, o verdadeiro caos se instala dentro de nós. Em um país em que em média 25 pessoas se matam por dia, a autodestruição em massa transformou-se em algo comum e o desespero de ficar só é cada vez mais iminente. O constante barulho interior nos ensurdece ao pedido de socorro alheio. Estamos surdos. E mudos. Todos os dias, temos oportunidade de nos aprofundarmos em muitas relações pessoais, porém continuamos no "tudo bem sim. E você?" nosso de cada dia.
Em um mundo que se divide em mortos e feridos, temos medo da exposição. - É claro que nos expomos com frequência em redes sociais e etc, mas não é essa a exposição a qual me refiro - . Desnudar o nosso íntimo, ter uma boa conversa e, depositar no outro nossa ínfima confiança torna-se cada dia mais raro. Não queremos ser fracos e revelar o nosso eu desconstrói muitas muralhas interiores, nos tornando mais frágeis, sensíveis...humanos. Sendo superficiais evitamos grandes estragos (caso algum "acidente de percurso" aconteça), porém perdemos riquezas e qualidades presentes especialmente nas relações humanas.
Portanto, não tenhamos medo de sermos humanos. Tenhamos fé.
Aproveitemos a vida e as relações que nela há, com calma e com beleza.
Relaxem e apreciem: